quarta-feira, novembro 02, 2005

Nárnia, C.S. Lewis (i)

As Crônicas de Nárnia, C.S. Lewis, Martins Fontes, Trad. Paulo Mendes Campos e Silêda Steuernagel (A última batalha)

 

Literatura de evasão ou literatura de invasão? Será toda a literatura infantil, ou infanto-juvenil, evasiva ou invasiva do mundo das crianças? Que grande necessidade de fantasia é essa que as crianças têm? E os adultos, como ficam nessa história? Enfim, qual é o encantamento? Quando é que a fantasia nos invade?

Nárnia é puro encantamento. Até mesmo para adultos que não tenham se deixado esmagar por coisas como contas a pagar, participação de mercado, ou ainda, e pior ainda, que não tenham deixado a criação dos filhos se transformar em um peso esmagador!

Nárnia me acompanha há muitos séculos, desde o início da história, não muito depois do final da pré-história. (História é quando lembramos o que aconteceu, Pré-história é quando lembramos de sentimentos, uma época em que tristeza e felicidade são uma coisa misturada).

Era o tempo dos livros de bolso das Edições de Ouro, agora Ediouro, quando a editora enviava seu jornalzinho para as escolas e nós escolhíamos os livros. Com data marcada, as encomendas chegavam em pacotes devidamente identificados. Era uma festa! Comentávamos os livrinhos, trocávamos informações e impressões. Começava-se a formar cabeças leitoras e críticas. Bem, esse assunto merece um texto à parte.

O leão, a feiticeira e o guarda-roupa veio em uma dessas encomendas, se não me engano (afinal, era o começo da História...), mas não em meu nome, não foi descoberta minha. A descoberta foi da Irmã Leitora Mais Velha, o que deu ao livro uma aura de leitura quase adulta pois ela devia ter uns quinze anos e eu, uns dez. Tratava-se de um livro difícil, denso...

Na época, eu não sabia que existiam outros livros da série, mas, esse primeiro, ficou marcado, principalmente por seu princípio: um grupo de crianças que se esconde em um guarda-roupa e encontra uma passagem para o mundo da fantasia mais plena se possa imaginar, o reino de Nárnia.

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