quarta-feira, março 22, 2006

na verdade, uma outra forma de vida

BIODIVERSIDADE

Paulo Henriques Britto, Macau, ed. Companhia das Letras

maneiras mais fáceis de se expor ao ridículo,

que não requerem prática, oficina, suor.

Maneiras mais simpáticas de pagar mico

e dizer olha eu aqui, sou único, me amem por favor.

Porémquem se preste a esse papel esdrúxulo,

comoquem não se vexe de ler e decifrar

essas palavras bestas estrebuchando inúteis,

cágados com as quatro patas viradas pro ar.

Então essa fala esquisita, aparentemente anárquica,

de repente é mais do que isso, é uma voz, talvez,

do outro lado da linha formigando de estática,

dizendo algo mais que testando, testando, um dois três,

câmbio? Quem sabe esses cascos invertidos,

incapazes de reassumir a posição natural,

não são na verdade uma outra forma de vida,

tipo um ramo alternativo do reino animal

Um comentário:

Anônimo disse...

po, ta mto parado de comentarios isso aqui! sendo assim, comento, so pra criar marola: mto legal a proposta do teu blog, daniel. alias, eu sabia q vc nao ia conseguir continuar resistindo a eles (os blogs) p/ mto tempo mais. :-) e lindo o poema do paulo. bjaum.