BIODIVERSIDADE
Paulo Henriques Britto, Macau, ed. Companhia das Letras
Há maneiras mais fáceis de se expor ao ridículo,
que não requerem prática, oficina, suor.
Maneiras mais simpáticas de pagar mico
e dizer olha eu aqui, sou único, me amem por favor.
Porém há quem se preste a esse papel esdrúxulo,
como há quem não se vexe de ler e decifrar
essas palavras bestas estrebuchando inúteis,
cágados com as quatro patas viradas pro ar.
Então essa fala esquisita, aparentemente anárquica,
de repente é mais do que isso, é uma voz, talvez,
do outro lado da linha formigando de estática,
dizendo algo mais que testando, testando, um dois três,
câmbio? Quem sabe esses cascos invertidos,
incapazes de reassumir a posição natural,
não são na verdade uma outra forma de vida,
tipo um ramo alternativo do reino animal
Um comentário:
po, ta mto parado de comentarios isso aqui! sendo assim, comento, so pra criar marola: mto legal a proposta do teu blog, daniel. alias, eu sabia q vc nao ia conseguir continuar resistindo a eles (os blogs) p/ mto tempo mais. :-) e lindo o poema do paulo. bjaum.
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